quarta-feira, 6 de julho de 2016

Coisas...

E então ela, habituada que deve estar aos maneirismos lá daqueles sítios onde as pessoas em geral convivem umas com as outras, confundiu o meu à vontade, a minha simplicidade requintada, com a expressão de uma simpatia instantânea e avançou até mim bamboleando-se no alto daqueles sapatos e esticando o decote pronunciado debaixo dos meus olhos, deu-me dois grandes beijos na cara, sem perceber no entanto que a minha ausência de palavras se devia àqueles enormes brincos de peluche alaranjado que lhe pendiam ao longo do rosto, como duas grandes orelhas de um Setter Irlandês.

3 comentários:

  1. Brincos de peluche? Que fofura!!!!!
    Mas também há quem use aquelas as borlas de enfeitar as portas. Tenho umas que a minha avó usava no louceiro, vou pensar nisso.

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    1. Olhe Mirone, não sei se eram de peluche, se umas caudas de raposa, que eu não sou entendido em brincos, mas que pareciam duas grandes orelhas de cão...

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    2. O pormenor, que encanta ou desencanta. Ele há que saber usar os pormenores com pormenor requintado, devia ter dito à menina das andas :)

      Desta vez - Ministro amigo, tou consigo :)

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